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  • Revisão sistemática e meta-análise de 5577 artigos publicados entre 1 de janeiro de 2020 a 16 de novembro de 2020.

  • Objetivo: avaliar e comparar o desempenho de diferentes métodos de colheita de amostras para diagnóstico de infeção por SARS-CoV-2 por RT-PCR.

  • Foram incluídas 16762 amostras respiratórias: 7973 esfregaços nasofaríngeos, 1622 esfregaços nasais, 6110 amostras de saliva, 338 esfregaços da orofaringe e 719 esfregaços nasofaríngeos/orofaríngeos combinados.

  • Comparativamente aos esfregaços nasofaríngeos, os esfregaços nasofaríngeos/orofaríngeos combinados apresentaram maior sensibilidade, de 97% (IC 95% 93-100); as amostras de saliva apresentaram sensibilidades mais baixas (85%, 75-93), assim como, os esfregaços nasais (86% , 77-93). Os esfregaços orofaríngeos (feitos de forma isolada) foram os que apresentaram uma sensibilidade muito mais baixa (68%, 35-94).

  • Comparativamente, foi obtido um valor preditivo positivo alto para esfregaços nasais/orofaríngeos combinados (97%, 90–100) e para esfregaços nasais (96%, 87–100); um valor preditivo positivo ligeiramente inferior foi encontrado para amostras de saliva (93%, 88–97). Os esfregaços da orofaringe  têm o menor valor preditivo positivo, isto é, de 75% (IC 95% 45–96).

  • Entre as diferentes amostras clínicas foram observadas comparativamente altas especificidades (intervalo de 97-99%) e valor preditivo negativo (intervalo de 95-99%).

  • A comparação entre a colheita por profissional de saúde e a autocolheita para esfregaços nasais e esfregaços orofaríngeos/nasofaríngeos combinados mostrou desempenho diagnóstico comparável.

  • Em conclusão, em comparação o método padrão (esfregaços nasofaríngeos), os esfregaços nasofaríngeos/orofaríngeos combinados ofereceram o melhor desempenho diagnóstico para abordagens alternativas de colheita de amostras para o diagnóstico de infeção por SARS-CoV-2. A saliva e os esfregaços nasais proporcionaram desempenho diagnóstico comparável e muito bom, pelo que são métodos alternativos de colheita de amostras clinicamente aceitáveis. Os esfregaços orofaríngeos isolados apresentaram uma sensibilidade e um valor preditivo positivo muito mais baixos e não devem ser recomendados.

Artigo na íntegra aqui